quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Nojentices de bebê

Ufa, bebê dormindo, nenhuma roupa pra passar ou lavar então posso escrevinhar um pouco.
Antes da Malu eu não pensava nas nojentices que os bebês fazem (inconscientes é claro, afinal eles não fazem por maldade).
Hoje conheço bem as nojentices da minha filhota e vou ser honesta, são muitas.
Outro dia estávamos em uma loja de móveis (fomos ver um sofá novo) e a vendedora super educada e gentil elogiou a Malu falando que ela era uma gatinha, linda, enfim uma belezinha.
Ai que orgulho! Minha filha linda, fofinha e delicada. Bem...delicada até certo ponto.
Logo após os elogios da moça a Malu solta um pumzão. E outro. E depois uma sequência inacreditável de uns 18 pums.
Silêncio.
Parei de respirar por alguns minutos, fúcsia de vergonha e minha filha começou a sorrir para a moça.
Acho que o sorriso dela queria dizer: Então moça esse sofá é mesmo confortável? Porque eu vou ficar deitadinha nele e eu gosto de me esticar, relaxar e soltar pums!
Ahahahahha que vergonha!
Eu fui logo pedindo desculpas e a moça pra quebrar o gelo falou: - Imagina isso é saúde!
Saúde?! Ahahaha isso são gases mesmo e dos mais destruidores!!!
Bom, pelo menos não tem cheiro (ainda).
Fomos embora da loja, mas voltamos outro dia pra comprar o tal sofá.
Pedi pra moça mandar impermeabilizar o sofá porquê vai que um dia os pums saem acompanhados? Melhor prevenir...
É...minha menininha é uma delicadeza, mas tem uma sonoridade intestinal de dar inveja aos marmanjos mais experts nesse assunto.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Usain o quê?

Meu marido se diverte com os meus desesperos.
Eu sei que ele também fica alucinado em algumas situações sem saber o que fazer, mas ele diz que eu sou "A pior".
Na primeira vez que saímos de casa com a Malu (foi um pouco cedo demais, ela tinha 15 dias), fomos almoçar em um restaurante no shopping.
Domingo, shopping lotado, os dois sem noção não tinham a menor experiência com criança, enfim, vários fatores que colaboravam para a coisa ser truculenta.
A Malu não tinha tido cólicas até então, portanto estávamos nos imaginando ganhadores sozinhos da mega da virada!
Restaurante legal, comida boa e o melhor, estávamos passeando!
Pedi meu prato e um suquinho maravilhoso de morango. O Marco pediu o dele e ficamos batendo papo e a Malu dormia tranquilamente.
Falávamos de como éramos sortudos, nossa filha é um tesouro (ainda achamos isso) etc, etc, etc.
Chegou a comida e estava muuuito boa. Que delícia de domingo!
Dei umas 3 garfadas e ouvi minha filha resmungar. Mais uma garfada e mais um resmungo.
Fui olhar a coitadinha no bebê conforto e os resmungos aumentaram até virar um choro.
Nessa altura do campeonato, o choro era em muitos decibéis e as pessoas nos olhavam.
Gente tonta, nunca viu criança chorar? Tá certo, eu confesso que sempre sentei longe de casais com crianças em qualquer lugar que fosse: restaurante, cinema, ônibus, porque sei que criança chora e nunca gostei, mas agora era a minha filha, portanto o mínimo que aqueles seres desprezíveis poderiam fazer era ouvir ela chorar e fingir que estava tudo certo. Todo mundo feliz.
Não, ninguém respeitou esse momento da minha vida. As caras estavam bem feias, mas que se dane, nem liguei pra eles eu estava mesmo preocupada com minha lindeza, afinal ela ainda não tinha feito aquilo.
E ela chorava e se contorcia. Eu nem imaginei o que era, aliás eu nem tinha comprado remédio pra nada ainda.
Só lembro que me levantei, peguei a minha riqueza e segui em direção ao carro. Relembrando: eu estava no shopping e é claro que o carro estava estacionado na última vaga do último corredor do estacionamento!
Ouvia a voz do Marco lá longe, bem longe, mas pensei que era porque o choro estava alto, então a voz parecia baixa. Cheguei no carro, olhei pros lados e nada! Ué cadê o Marco? Filho da mãe ficou lá comendo, aquele insensível!
Depois de uns 10 minutos eles chegou esbaforido: - Nossa precisava correr desse jeito?
- Correr? Quem correu? Eu andei!
- Andou? Pára, você foi mais rápida que o Usain Bolt!
- Usain o quê?
- Bolt, o corredor.
- Ah tá, cadê a bolsa?
- Bolsa, que bolsa?
- A bolsa da nenê? Você não pegou?
- Droga, nem vi a bolsa, vou ter que voltar pra buscar. A propósito, você não quer ir buscar a bolsa, afinal do jeito que você correu é um desperdício não usar esse seu novo talento!
Nessa altura a Malu tinha parado de chorar e eu quase mandei ele papu........riu!!!
Mas quase voltei. Vai que meu suquinho ainda estava na mesa....

 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dia de vacina

Levei a Malu pra tomar vacina.
Eu quis ir a pé (preciso mudar afinal sou uma sedentária desavergonhada), pois queria que minha filha tomasse um solzinho.
O Marco falou: pensa bem, a calçada é cheia de desníveis. Acho que não é boa idéia.
Mas eu insisti e lá fui eu feliz (como todo idiota sem noção do perigo)!
Peguei o carrinho, cumprimentei o porteiro que tentou me salvar: - A senhora vai com o carrinho? A cara dele era um misto de espanto e terror, mas eu não compreendia porquê.
Logo que eu saí do portão já vi que seria tipo "missão impossível". Atravessar a rua foi um fuzuê. Depois de uns 10 minutos consegui chegar do outro lado. O lado negro da força.
O outro lado tinha vários degraus em pelo menos 5 níveis diferentes. Pra cima, pra baixo, pra cima de novo e assim foi.
Isso já seria desgraça suficiente, mas claro que tinha mais coisa. Aliás eu merecia que tivesse mais coisa ruim: uma das rodinhas da frente simplesmente não rodava! Ou melhor, acho que ela rodava sim, mas era para o sentido contrário tipo ela sozinha tinha tração inversa ao sentido que eu empurrava.
E o carrinho pulava. E a coitada dormia.
Quado cheguei finalmente em uma rua que tinha calçada decente, adivinha: Lá vem o negão, cheio de paixão! Não o negão não é uma pessoa. É um pastor alemão de mais ou menos uns 50 kg que se chama negão. E não gostou nada de me ver passando ali.
Quando ja estava praticamente sentindo os dentes do negão nas minhas nádegas e ao mesmo tempo pensava nas vacinas antirábicas doloridas em volta do umbigo, aparece o dono do negão e manda ele gentilmente se afastar de nós. Ufa! Te amo dono do negão!
Mas eu ainda estava apenas no primeiro quarteirão (até o posto são 3 quadras). Continuamos, passamos por trecho sem calçada com um matinho (tipo a vegetação da Serra do Mar) e descemos até uma rotatória.
Caracas, como é difícil atravessar avenida empurrando um carrinho, que medo! Admiro aquelas pessoas que fazem isso todo dia e com muita habilidade.
Chegamos ao posto. Não tinha a vacina.
Voltamos todo o caminho pelo outro lado da rua porque ja devia ser quase onze horas (e saímos de casa as 8:30). De carro faríamos esse mesmo trajeto em 15 minutos (ida e volta).
Na volta o negão estava tão acalorado que nem deu bola pra nós (ou o dono deu comida e ele estava de barriga cheia).
Finalmente chegamos no condomínio.
Graças a Deus, chegamos, chegamos.
Odeio esse carrinho, que idéia medíocre ir de carrinho (mas esperar o quê da mente que quis por um brinco na cartilagem da orelha??)
Fui lavar as rodas do carrinho (nem contei que passamos por umas poças de lama) e o porteiro me perguntou: - E aí dona Carlene, é ruim ir de carrinho né?
- Sabe Otávio, até que não é tão ruim, mas me faz um favor: Coloca esse carrinho na caçamba de lixo? Obrigada!